Vídeo disponível no seguinte endereço : http://www.facebook.com/#!/video/video.php?v=114518275301507&comments&set=t.100002300061066&type=1
Na disciplina de Oficina Multimédia, leccionada pela professora Hermínia Medeiros, foi-nos proposto um projecto, que consistia em realizar um videoarte em que abordássemos o tema: Os Sentidos.
Como todos sabemos, nós temos cinco sentidos: a visão, o olfacto, o gosto, o tacto e a audição. Todos estes são cruciais para conhecermos a nossa realidade, o que nos rodeia, pelo que nos fez todo o sentido abordar a ausência destes e da nova realidade que em seu torno se cria e isto porque sem estes sentidos, o mundo que nos é dado a conhecer nunca é vivido na sua plenitude, visto que nunca chegam a experienciar tudo aquilo que as sensações nos têm para oferecer.
De forma a ser de mais fácil compreensão para o público e por cada sentido ter a sua complexidade, optámos por seleccionar apenas dois desses sentidos: a visão e a audição. Isto porque são os que causam um maior impacto na nossa vida, especialmente para nós, que somos alunos de artes visuais; o ver e ouvir são cruciais para nos apercebermos do que se passa à nossa volta e conseguirmos comunicar com a sociedade.
No nosso vídeo, temos então a nossa interpretação da confusão para estes indivíduos que não possuem a visão e audição, respectivamente. Quisemos retratar o seu dia-a-dia e também reeducar a sociedade a dar o merecido valor a este grupo de pessoas que nós é igual, mas ao mesmo tempo diferente, representada quando as duas personagens se tocam.
Na concretização do vídeo propriamente dito, quisemos passar a mensagem de três formas distintas: a performance realizada por duas pessoas que representam o cego e o surdo, as imagens e a música propriamente dita.
A performance que filmamos e juntamos ao restante vídeo foi realizada num ambiente decadente, que simboliza o mundo exterior que estes dois personagens nunca chegam a conhecer na sua totalidade. O andar da surda neste espaço tem exactamente essa conotação, sendo o decadente também uma crítica à sociedade, que nada faz para ajudar pessoas com este tipo de deficiência. As imagens que surgem ao longo da performance, são as diversas situações que encontramos no nosso dia-a-dia e que nunca o irão conseguir percepcionar, pois não têm todos os sentidos para consegui-lo. As partes em que não temos qualquer imagem e apenas som, é com o objectivo de conseguirmos entrar na personagem cega e conseguirem sentir a aflição de não verem aquilo que os rodeia. As pessoas que destroem o ambiente em que estes dois se inserem, simbolizam toda a sociedade que destrói toda a ligação que estes indivíduos tentam criar com a nossa realidade. Por fim, quando estes dois se tocam, simbolizam a partilha de um destino comum, bem como a cumplicidade naquilo que sentem.
Trabalho elaborado por:
Flora Medeiros;
João Pastor;
João Ribeiro;
Mª Cristiana Silva;
Sofia Faria e Maia